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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Apesar do isolamento, era muito divertido por lá antigamente!


"[...] Na época em que moramos na beira do rio das Antas, só Deus sabe o quanto trabalhamos. Além do engenho, tínhamos criação de porcos e plantação de milho e trigo em grande quantidade. Todo o excedente da produção  era comercializado. Morávamos muito longe da Vila do Alfredo, o último lote colonial já na divisa com Antônio Prado. Para se deslocar havia uma estradinha estreita, margeada por montes de um lado e penhasco do outro, nela só dava para andar em fila,  e se necessário com cargueiros. A única carretinha que andou por lá foi a do Morsolin, quando foi levar o motor para o motor para a trilhagem do trigo. O boi dele ficou deitado três dias depois, achavam que ele não ia resistir. Isso que na frente dele seguia uma mula auxiliando na tração da carretinha.
Com o engenho produzíamos tudo o que era possível, caldo de cana, açúcar vermelho, rapaduras, melado e graspa, o que não vendimaos por ali mesmo, para aqueles que moravam na beira do rio, vendíamos para  o Grazziotin.
O mais difícil era o deslocamento dos porcos. Saíamos de casa pela madrugada e chegávamos com mais ou menos 80 a 100 porcos por volta das 21 horas na vila do Alfredo. Tínhamos que parar para que bebessem água e descanssassem, quando deitavam precisávamos esperar, porque eles, estando prontos para o abate, tinham muita dificuldade para fazer essa caminhada moro acima. O que nos ajudava era a estrada, que de tão estreita, os obrigava a andar em fila e para frente. [...]"

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