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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Um padroeiro para os Vitivinicultores

O Patrono dos Vitivinicultores


Para o pesquisador a descoberta é sempre uma conquista. Foi assim que as professoras no trabalho de pesquisa chegaram à descoberta surpreendente. À primeira vista uma descoberta insignificante. Porém, aos poucos os pesquisadores perceberam a luta, muitas vezes inglória, dos Freis Capuchinhos, contra a praga etílica que se alastrava por todo o lugar. Ao norte do Travessão Alfredo Chaves da XVI légua, no topo das montanhas do Rio das Antas, várias casas se espalham pelo altiplano, rodeadas por imensos parreirais. Lá habitam famílias em residências bonitas, algumas centenárias, erguidas pelos primeiros imigrantes. Ao lado delas serpenteia um córrego despejando suas águas penhasco abaixo num longo filete produzindo um véu branco de água cristalina que se avista de longe. Em queda livre a água escorrega rochedo abaixo entre musgos, pedras e plantas até alcançar outro riacho e daí para o Rio das Antas. Numa das habitações onde moram herdeiros dos pioneiros, capturaram uma informação inusitada no baú de documentos da família centenária – a gravura de São Vicente Ferrer, guardada pelo avô paterno. Ao pé da imagem está escrito - S. Vicente Ferrer, Patrono dos Vitivinicultores, Rogai por nós. O santo viveu em épocas medievais. Conta a lenda que Deus enviou seu grande pregador Vicente Ferrer à região francesa dos vinhedos para levar a mensagem de Deus e salvar as almas dos vitivinículas. Vicente era um andarilho de Deus percorrendo a região ensinando os caminhos da fé. Nas incansáveis caminhadas, os fiéis, os vinhateiros e os cantineiros ofereciam ao pregador o melhor vinho por eles produzido. Brinda um champagne, degusta um vinho, prova outro e vai achando todos de sabor bíblico e de qualidade divina. A bebida abençoada e paradisíaca transformava o corpo e a alma. De copo em copo brinda a vida com os fiéis produtores de uva e vinho da região enquanto tenta semear a palavra do Senhor. As caminhadas pelos vinhedos e cantinas dos bons vinhos eram sempre mais freqüentes. Aos poucos deixava a pregação para depois da degustação. Acaba viciado em vinho e esquece o caminho que leva ao paraíso. Enquanto o mundo girava aos seus pés lembra Noé que também bebeu além da medida o produto que ele próprio criou. Deus percebendo o estado em que se encontrava o pregador o chama para o convento e o enclausura na cela em oração monástica em longa vigília. E como castigo o chamou junto a si e lhe deu a responsabilidade de proteger todos os vinhateiros e cantineiros para não perderem o caminho do céu, alertando os seus protegidos que sempre é o último copo que faz perder o caminho do paraíso. Lenda ou verdade o fato é que o Santo foi canonizado pela Igreja Católica e é o patrono dos vitivinicultores, cantineiros e degustadores. (Plinio@mp.com.br)

3 comentários:

Gissely Lovatto Vailatti disse...

O Plínio é uma pessoa surpreendente! Conseguiu me emocionar na maior das supresas. Descobriu as respostas que procurava e mais, a pedido do mesmo'sábio', eternizou a experiência e a descoberta em mais um de seus bhilhantes artigos!!
Obrigada Plínio!! Você é o CARA, como você mesmo gosta de referir para os feitos de outros...
Que Deus o conserve com essa mente brilhante por toda a vida!!
Obrigada por fazer parte das nossas vidas!!!

Anônimo disse...

Muito legal esta do Sao vicente Ferrer!

Viva Sao vicente Ferrer!

Viva!

Anônimo disse...

Eu só faço 0 necessário.Nada de especial e fora do comum. Escrever faz parte do meu aprender com os outros.Aprendia com meus mestres cavalgar as letras desde a Escola São João de Nova Veneza. Professor Julio Alessi ensinou as letras na "tabela". Prof.Abrelino Vazata no caderno com lápis. Prof. Benedito Ferrarini com caneta tinteiro. Graças aos mestres estamos aqui. Grazie!!! Plinio